sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sobreviver!

Boa noite fria! 
Ouvindo o som espacial de guitarras de "Clive Wright", "Hammock", Harold Budd" e outros no programa 911 do site Hearts of Space (www.hos.com), com música New Age e adjacencias.
Música climática e tranquila, que é o que eu curto, principalmente 'a noite.
Tranquilidade e paz. Que maravilha é quando nosso interior, nossa alma está plena de paz e harmonia.
É, mas nem sempre é assim, não é mesmo!
Às vezes, sentimos raiva, temos momentos de fúria, ou seja, somos agressivos, violentos e enfrentamos o que nos aparece. E às vezes, muitas vezes aliás, temos mêdo, fugimos ou nos escondemos.
E curiosamente, em algumas ocasiões esse mêdo aparece fantasiado de raiva, de agressividade. Que curioso hein!!
Sim, temos essa dualidade de sentimentos básicos, extremos. Acho que é nosso instinto de sobrevivência, uma força motivadora essencial para podermos viver o maior tempo possível. Ele nos dá força interior e energia para seguir adiante, coragem e persistencia para superar os obstáculos do caminho. Conforme ganhamos inteligência e conhecimento, essa mesma força nos estimula a procurar por soluções mais seguras, controladas, mais permanentes e até mais confortáveis. 
Com o tempo vamos desenvolvendo capacidade de organização, planejamento e de criação, de engenharia. Mas, ao mesmo tempo que conseguimos realizar as coisas que buscamos para nosso conforto, nossa segurança e nosso deleite, aparece o outro lado da moeda: o mêdo de perder tudo.
É a mesma moeda e seus dois lados: a força para lutar, construir, criar, controlar e possuir e o mêdo de perder o que lhe dá conforto, abrigo, prazer e segurança. 
Não há como sair desse círculo vicioso, a menos que mudemos totalmente nossa percepção do mundo, de forma que passemos a entender cada momento como sendo único e perfeito sempre.
Não importa o que dele nos aconteça. Não importa o que aconteça, estamos sempre prontos a reconstruir, a se levantar e a prosseguir no caminho rumo à luz.
Nesse ponto, onde tudo entendemos como sendo nada pessoal e sim eventos da vida que têm um propósito inteligente e que nos ajudam a sermos cada vez mais plenos, nesse ponto, estamos em harmonia com o Universo exterior e interior.
Nesse ponto, o sol continua nascendo, as guerras e os furacões acontecendo, enquanto nós prosseguimos nossa jornada rumo à luz. 
A dúvida então é como chegar a esse ponto. Dizem que qualquer caminho leva até ele, mas não sem sofrimento, dor, raiva, alegrias, prazeres, mêdos e deleites.
Dizem que cada passo do caminho é o objetivo final. Em cada momento está contido o conhecimento total.
Que cada momento deve ser vivido como se fosse o último. E é! O outro já não é o mesmo.
Nossa consciência, então, deve ser desenvolvida de modo a abranger todas as nuances e características de cada momento. 
Consciência é atenção plena mais conhecimento mais sabedoria. Podemos começar então pela atenção e prosseguir em seguida com os mais difíceis.
A atenção plena, dizem, vem pela meditação. 
Meditemos pois. Busquemos dentro de nós a paz e nossas capacidades mais sutis e plenas.


Paz profunda

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma questão de gosto!!

Aqui novamente!! Ouvindo Steve Hackett (Voyage of the Acolyte de 1975), ex-guitarrista da fase áurea do ex grupo de rock progressivo Genesis. Eu curto bastante, mas sei que é uma questão de gosto.
Curioso, mas isso me dá uma sensação de não poder compartilhar com todos um sentimento de prazer, uma alegria sentida, ou até um júbilo na alma.
Apenas uma reflexão sobre a fragilidade do ser humano que se acha incompleto e deseja compartilhar seus prazeres, suas alegrias, mesmo seus temores com todos, mas não consegue.
No máximo, pode contar a respeito, ou pode perguntar se outro compartilha de seu gosto artístico. E arcar com as possíveis negativas e/ou críticas.
Faz parte de nosso aprendizado de que estamos sózinhos, apartados de todos, exceto de nosso interior, nosso Eu Maior, nossa alma. Em busca de nossa felicidade.
Além disso, podemos olhar para outro como alguém que busca a mesma coisa, ou seja nosso olhar pode se tornar mais compassivo, por sabermos que ele também sofre e busca uma felicidade que não sabe exatamente onde encontrar.
Esse olhar com outra percepção pode fazer com que nos tornemos mais próximos uns dos outros, pois no fundo, como já foi dito por muitos, todos somos um, somos iguais em nossas buscas, em nossas alegrias e dores.


Escrever é bom para mim, porque consigo me expressar melhor e me ajuda a descobrir mais coisas em mim. Eu tenho mais tempo de refletir e de melhorar a mensagem passada para mim e para o outro. Essa é, eu acho, uma atividade muito importante nesse mundo em que a telepatia ainda não é "muito utilizada".
No fundo, vivemos fazendo isso, passando mensagens/sentimentos de amor/ódio para os outros. 
O máximo de contato e troca que fazemos com o outro é o sexo, onde experimentamos algo único e transcendental. É uma experiência que buscamos repetir muitas vezes, fazendo sexo ou de outros formas, com drogas, criando arte, ou participando de experiências vivenciais sempre profundas.
O que desejamos é transcender nossos limites corporais, fundir-nos no outro ou no universo, talvez nos transformar em energia. Talvez nos preparando para o que vem depois da morte.


Por falar nisso, ontem assisti ao filme "Encontro Marcado" do Martin Brest e com Anthony Hopkins, Claire Forlane e Brad Pit (no papel da Morte). Tinha me esquecido de quão bom este filme é. Muito sensível, romântico e reflexivo.
Completamente recomendável, mas já antevendo a reação de alguns, é claro que é uma questão de gosto.
Como tudo e como nada!


Fico por aqui. 
Ao som do, ainda muito bom, Steve Hackett (Shadow of the Hierophant), desejo-lhe muito amor, muita paz e felicidade nesta vida.