domingo, 20 de abril de 2008

A inocência e a pureza da vida

Campinas, 20 de abril de 2008, 10:38hs


Hoje, ao som progressivo (Shadowland) de Glass Hammer, gostaria de falar um pouco de uma experiência que, para mim, é muito gratificante. Uma das mais gratificantes que já experimentei.
É o cinema. Ir ao cinema. Assistir a um filme, mas não qualquer um. É um daqueles que, de vez em quando, e só de vez em quando mesmo, você tem o prazer de assistir ou experienciá-lo de maneira plena.
Ele te pega emocionalmente em vários asp
ectos. Durante, mais ou menos, duas horas você se envolve ou se deixa envolver, de forma intensa e vive a estória. Entra na pele do personágem ou experimenta as emoções que ele está vivendo, participa ativamente.
Se você se deixar levar e o filme for daqueles especiais, o mundo à sua volta desaparece. Sua realidade muda quase que completamente e você pode ter sentimentos e emoções que há muito não sentia. E isso pode ser muito gratificante. Para mim é.
No meu caso, um desses tipos de filme especiais é o desenho animado. Não todos infelizmente, mas especialmente alguns me pegam de uma forma intensa e muito gostosa.
Posso citar alguns que me lembro agora: Ratatouille, Nemo, Madagascar, Monstros SA, Era do Gelo, Sem Floresta, Cinderela, Bambi, Pinochio, etc.
Os desenhos têm uma característica muito especial que, me parece ser aquela que o transforma em uma experiência mais gratificante do que os outros tipos de filme.
Ele é feito especialmente para as crianças. E, hoje em dia especialmente, para os adultos que acompanham as crianças no cinema. Por isso, são muito bem produzidos e realizados com todo o carinho e cuidados possíveis.
Há um tipo de desenho em que se busca especialmente recriar as dimensões mais essenciais do universo infantil, ou seja, a alegria, a imaginação, a pureza e a inocência.
Quando o desenho consegue no seu roteiro, capturar bem essas dimensões da infância, se torna para mim uma experiência incomparável.
De repente, tenho vontade rir, de chorar, de aplaudir e de vivenciar aquelas aventuras junto com os personagens. É uma coisa muito louca mesmo. E muito legal.
Mas, como eu ainda sou meio bobinho, só me permito externar risos e aplausos. Choros são contidos. Mas, essa é uma outra estória, para uma outra comunicação.
Um dos melhores programas para mim é ir a um desses filmes especiais, desenhos ou comédias de preferência, junto com pessoas que eu amo.
E ontem, sábado, foi um desses dias especiais em que isso aconteceu. Fomos, eu, Eneida e Maíra (com acento!!) ao Iguatemí (pq quem aguenta o D.Pedro) assistir a um desses desenhos maravilhosos, "Horton e o mundo dos Quem!?".
Não gostaria de criar espectativas em vocês, mas agora já era. Eu gostei e muito. Me divertí bastante, com a estória, seus personágens, com a música e com as crianças à minha volta.
Novamente, rí bastante, me emocionei, quiz aplaudir e chorar no final. Foi muito legal.
Logo que entramos na sala, vimos que estava vazia, não havia ninguém ainda. Mas, aos poucos foram chegando os pais (alguns sem) e seus filhos, em geral pequenos.
Pode haver uma preocupação em se o barulho das crianças (grandes e pequenas) vai atrapalhar durante o filme, mas se você não "encanar", a coisa fica mais leve e pode-se até se divertir com eles e suas manifestações.
E foi o que aconteceu neste caso. Logo nas primeiras duas ou tres cenas com o elefante Horton, acontecem cenas engraçadas e as crianças já começam a se divertir.
Uma delas em especial, logo atrás de onde eu estava deu uma gargalhada tão gostosa e sonora que me colocou direto no clima da estória. Foi muito autêntica, sem controles ou máscaras. Foi pura e inocente. E isso me pega em cheio.
Quando consigo entrar em contato com essa dimensão da vida em mim mesmo, sou o ser mais feliz do mundo. E é possível sempre que quizermos, por que está alí ao nosso alcance para o nosso deleite. faz parte de nossa natureza, do nosso ser.
E não precisa ser diferente, mesmo com uma martelada no seu dedo.
Como dizia o outro: a vida é bela.

abraços e beijos aos queridos,


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