segunda-feira, 19 de abril de 2010

Com o passar do tempo...

19/04/2010

Olá, boa tarde!
Enquanto escuto "Broken Social Scene", um conjunto canadense super cultuado e super desconhecido (obrigado Internet), a tarde se alonga no seu curso rumo à noite. Hoje tenho aula de Yoga, mas não sei se irei. Nunca sei ao certo o que farei em seguida!!!
Escrevo novamente, depois de um longo e tenebroso período. Muitas coisas ocorreram de 2008 até agora. Não posso explicar minha hesitação em escrever a não ser pela força da preguiça, da inércia.
Houve muito a ser dito, muito a ser refletido, mas o primeiro passo é sempre muito difícil para mim. Talvez o segundo e o terceiro sejam até piores. De fato, este é uma característica minha com a qual eu luto um pouco há algum tempo.
Meu momento atual é de aceitação, de vasculhar meus meandros interiores e de encontrar características indesejáveis, como a já citada, e passá-las para lista de aceitas e incorporadas no meu consciente.
Tenho lido, escutado, discutido e assimilado que a aceitação de todas as partes de meu ser interior é muito importante para minha evolução como ser humano, sendo parte de um processo maior conhecido como auto-transformação.
Tenho estado nessa busca há já algum tempo, passando por um caminho e outro. Nada ainda me satisfez completamente, mas, agora penso, que talvez a completude não seja um conceito por nós seres humanos nesta terra, neste planeta, nesta vida, nestas encarnações.
Algumas outras portas me foram abertas e eu agradeço aos céus por isso, por ter tido consciência delas e por ter tido a iniciativa de abri-las.
Essa busca e a do conhecimento nas habilidades artísticas têm me tomado tempo, dedicação e energia nesses últimos tempos. Estou gostando e me sentindo bem.
Recomeço o texto, pois saí para uma aula de Yoga. A propósito devo dizer que gosto do que experimento durante uma aula de Yoga. Gosto de seus objetivos e de sua abordagem mais lenta, mais profunda e meditativa.
Saí do CPqD em maio de 2009 e foi em forma de ruptura, de surpresa, de cima para baixo. Mesmo eu estando esperando e até desejando, quando aconteceu foi de repente, mas não muito sofrido. Para mim foi suave e quase indolor. Falo isso com a memória que tenho de um ano atrás. Senti mais pelo meu gerente do que por mim mesmo. Ele não estava confortável, mas quem estaria!!? Eu consegui sair bem, enquanto outros nem tanto.
Ao sair, fui curtindo o primeiro momento de liberdade e flexibilidade, como nas férias. Em seguida, após me ocupar dos tramites burocráticos e financeiros, comecei a me interessar pelo o que eu iria fazer dali em diante.
Desde há muito que pensava em me afastar definitivamente do meu perfil de engenheiro e seguir em direção ao meu lado mais sensível, artístico e espiritual.
Estou, então dando meus primeiros passos, engatinhando rumo à minha transformação maior. Sinto que é por aí mesmo o meu caminho.
Agradeço ao Universo por poder estar aqui agora, com essas pessoas ao meu lado me acompanhando e nestas condições físicas, materiais, psicológicas, emocionais e espirituais.
Vou seguindo meu caminho, em busca da felicidade plena.

Paz profunda a todos.