domingo, 6 de janeiro de 2008

Algumas poucas palavras!

20:48hs, 06 de janeiro de 2008



Ouvindo a trilha sonora do "Good German". É do Thomas Newman, filho do Alfred Newman e sobrinho do Lionel e primo do Randy Newman. Nossa que família musical.
Gosto bastante de suas trilhas. São sempre belas e climáticas.

Hoje a Maíra achou uma cartinha que meu pai lhe escreveu quando ela completou 12 anos. Foi um daqueles achados que acontecem meio sem querer, no meio de mais uma
arrumação anual de seus pertences no seu quarto.
Ela leu novamente, gostou e mostrou para a Eneida e depois para mim.
Quando eu a lí, pude perceber claramente a alma poética e sensível de meu pai alí totalmente desnudada e alegremente explicitada naquele pedaço de papel.
Eram palavras de muito amor, muita alegria e pureza daquele ser humano que, naquele instante, estava em sitonia total com sua alma e, por isso, conseguia expressar todo seu amor e felicidade que sentia por seus netos e seu filho.
Em sua vida terrena ele poucas vezes conseguiu se expressar dessa forma com seus filhos, entes queridos ou semelhantes.
Foi preciso um pedaço de papel e uma data que lhe era importante para que ele conseguisse alcançar essa inspiração divina. Para que ele pudesse entrar em ressonância com seu eu interior e deixar que seu amor fluisse através de suas palavras.
Ele sempre gostou de escrever, embora nunca tenha conseguido realizar uma carreira ou mesmo um hobby nessa atividade. Somente em seus últimos anos de vida, quando começou a ficar mais interiorizado, foi que começou a escrever um pouquinho.
O fato de ter facilidade para escrever e gostar de atividades que mexiam com palavras, mostram para mim hoje que essa era um tipo de ação que era importante ser desenvolvida, era importante se aprofundar nela, pois ela lhe levava a suas profundezas mais puras e ternas.
Ela provavelmente o levaria a ter uma vida com mais paz de espírito, com mais auto-estima, com mais amor para dar, com mais felicidade.
Mais próximo do que sua alma desejava.
Ainda bem que, pelo menos durante algumas vezes, no fim de sua jornada ele conseguiu esse contacto especial com sua parte mais inocente e viva. Nesses momentos, tenho certeza, ele esteve em paz consigo mesmo e com o mundo.
Com isso eu aprendo a lição e reforço meu empenho em busca do caminho e das ações que me levam cada vez mais próximo da minha alma e da minha paz de espírito.
Meu pai teve sua chance atual e conseguiu expressar um pouco de seu amor por suas pessoas queridas e pela humanidade através de suas poucas palavras.
Vou em busca do meus instrumentos ou de minhas habilidades para realizar algo semelhante, mas quero buscar a partir de agora!
Pensemos um pouco nas coisas que mais gostamos de fazer, nas habilidades que sabemos ter e que sabemos que os outros gostam em nós. Aquelas que sensibilizam a nós e a todos.
Essas são nossas armas para levar a paz e o amor ao mundo, exatamente o que nossas almas desejam.


Amor refletido no sorriso e no olhar!!

abraços e beijos de paz profunda a todos,


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