terça-feira, 11 de dezembro de 2007

20:37hs, 11 de dezembro

Olhar atento. Equilíbrio e harmonia.


Estou ouvindo "how distant is your heart" de R.Guthrie e H.Budd. Mais música ambiente. Música climática. Ela é suave, melódica, lenta e repetitiva.
Combina comigo, eu sintonizo com ela e me sinto bem. Eneida, em geral, não gosta muito.
Ela diz: é muito devagar e repetitiva.
Maíra, minha filha, me diz: "...nossa pai como é que vc aguenta essa música tão triste".
Eu não aguento, eu gosto. Sinto prazer ouvindo-a. Ela me ajuda nas minhas reflexões e mais ainda nas meditações.

Taí, eu medito. Comecei esse ano, no início. Foi, realmente, uma resolução de virada de ano.
Decidí me comprometer mais com aquilo que eu acredito que tem um significado maior para a minha vida. A evolução do meu ser exterior em direção ao meu ser interior.
Lí alguma coisa a respeito há algum tempo e, sei lá, no início deste ano decidí me comprometer mais com este propósito.
Acho que a meditação me ajudará muito nisso. Me expressar, me envolver , me relacionar com os outros, criar vínculos emocionais, rir, chorar, aprender, conversar, escutar e amar com intensidade também ajuda muito.

Acho que a diferença é que a meditação nos habitua a relaxar, baixar o rítmo de pensamentos e emoções e nos coloca mais atentos ao momento presente, ao que estamos fazendo. E eu lí em várias referências que isso é muito importante.
Mais do que isso, eu experimentei por mim mesmo e com minha família e meus amigos. Eu gosto mais de escutar do que de falar.
E eu sinto que quando eu escuto uma pessoa com bastante atenção, existe mais interação, mais entendimento e mais alegria e respeito no relacionamento.

Acho que isso pode ser estendido para qualquer tipo de relacionamento, inclusive o de cada um consigo mesmo. A auto-reflexão honesta e atenta melhora muito as coisas dentro da gente.
E melhorar as coisas dentro da gente é tão bom, tão gratificante, tão prazeroso, que parece ser uma das razões de nossa presença momentânea neste mundo.
E quando melhoramos por dentro, um reflexo positivo ocorre exteriormente também. Ficamos mais tranquilos, mais serenos, mais confiantes e mais positivos. Dessa forma, conseguimos afetar aqueles que estão mais próximos e esperar que isso lhes faça bem também.

É, mas, às vezes, parece que tudo se perde, o equilíbrio e a beleza se perdem e nossas dúvidas e mêdos reaparecem. Não há nada a ser feito a não ser vivenciar a realidade, seja lá qual for ( sem colocar uma lupa sobre ela), e seguir adiante novamente depois de um tempo de "luto".

Assim é também na meditação.
Buscamos relaxar num primeiro momento através de respirações lentas, profundas e depois suaves. Após essa etapa, buscamos colocar o foco da atenção apenas no "inspirar e expirar" e em nada mais.
Por alguns segundos conseguimos, mas logo algum pensamento a mente nos trás, tirando-nos do foco na respiração. Não tem problema algum. Quando percebemos que isso aconteceu, voltamos a focar na respiração novamente.
Sem tráumas, nem pressa, nem julgamentos, nem ansiedade, nem desejos e nem mêdos.

Nossa, nossas vidas podem ser assim também. Pode ser uma meta.
Para mim é!

abraços fraternos e paz profunda,

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